Galo vence o Fluminense pelo Brasileirão
Por Jéssica Silva
Nos embalos do sábado à noite, o Galo venceu o Fluminense na Arena Independência. Ricardo Oliveira marcou um dos gols atleticanos e acabou com um jejum de 15 jogos.
Com o resultado, o Atlético se manteve na cola dos primeiros colocados do Campeonato Brasileiro, ficando a apenas cinco pontos do líder Santos, que perdeu para o rival São Paulo na rodada.
A fase atleticana é boa, o desempenho no Brasileirão vem rendendo ao Galo uma vaga no G4 e jogando em casa o time de Rodrigo Santana não vem sofrendo sustos. Já o adversário da noite de ontem não está bem colocado na tabela, tampouco tem alguma grande ambição no campeonato, portanto, o único resultado aceitável era a vitória.
No início da partida, o Fluminense chegou com perigo e ameaçou a meta de Cleiton, insinuando que tinha a intenção de medir forças com o Galo, mesmo jogando fora de casa. Para o alívio atleticano, a objetividade do time de Fernando Diniz esteve ausente e o tricolor carioca não chegou a balançar as redes, apesar de ter sido superior em grande parte da primeira etapa, com seu conhecido estilo de jogo que mantém a posse de bola e troca muitos passes.
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A oscilação marcou os primeiros 45 minutos da partida no Independência, mas ao tomar as rédeas do jogo, o Galo conseguiu se acertar e passou a atacar o Fluminense, criando boas chances de matar a partida em contra-ataques rápidos. Foram grandes as oportunidades que o time atleticano teve de abrir o marcador após a primeira meia hora de jogo. Por ser mais eficiente que o adversário, foi o Galo quem balançou as redes. Patric tentou servir Ricardo Oliveira, mas a zaga tricolor fez o corte. Porém, na sequência, Cazares não perdoou e guardou o primeiro gol do Galo no jogo, aos 41 minutos.

Tomar um certo sufoco dos adversários nos primeiros momentos dos jogos vem sendo comum para o Atlético. Mesmo assim, o Galo vem conseguindo se encontrar durante as partidas e sendo competente o bastante para construir seus bons resultados ao se aproveitar das falhas dos rivais.
Pela fase que vive, Ricardo Oliveira vem dividindo opiniões sobre sua permanência no time titular. O Bom Pastor não marcava um gol desde a primeira rodada do Campeonato Brasileiro, quando vencemos o Avaí. Há quem sempre acreditou em sua experiência como diferencial, mas há também quem não aguentava mais a presença do camisa 9 em campo. Contra o Fluminense, o centroavante foi muito participativo, não deixou de perder gols praticamente feitos – o que vem sendo de praxe – mas também surpreendeu quem já não acreditava em seu futebol.
Após boa roubada de bola, Elias acionou o Pastor que, surpreendentemente, balançou as redes e tirou das costas o peso de 15 jogos sem marcar gols. Em vários lances na noite de ontem Ricardo Oliveira deixou a desejar; foi egoísta ao não servir Vinícius no primeiro tempo, desperdiçou belas chances de gols, mas aproveitou ao menos uma delas, o que não acontecia há muitas partidas. O camisa 9 festejou a quebra do jejum com todo o time atleticano e mostrou que talvez ainda possa nos ser útil. Chega de jejuar, Pastor!
O Fluminense ainda teve tempo para diminuir o prejuízo, após o substituto de Jair, Ramón Martínez, dar bobeira no meio de campo. Nenê marcou para os visitantes após boa jogada de João Pedro, que entrou no jogo após o intervalo. O Galo passou muito perto de alcançar a marca de cinco jogos sem sofrer gols, o que seria mais um feito da defesa atleticana. Rever e Igor Rabello vêm fazendo partidas seguras e acompanham a boa fase de Cleiton.
Sofrer o gol no final do jogo fez com que os últimos minutos, incluindo os longos acréscimos, fossem uma tortura. O Galo tinha o resultado nas mãos, mas ao permitir ao Fluminense acreditar em um empate, acabou fazendo a Massa sofrer um pouquinho. Mais um daqueles sofrimentos desnecessários, mas que não deu em nada no fim das contas, pois o juiz apitou o fim do jogo com vitória do Galo por 2 a 1.
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O Atlético ainda perde grandes oportunidades de matar seus jogos, mas vem sabendo controlar as ações das partidas que disputa, principalmente no Independência. No meio de campo, Jair fez falta, muito mais pela grande qualidade que apresenta que pelo desempenho do seu substituto, Ramón Martínez. O time está se encaixando a cada partida, logo, as alterações necessárias causam algum impacto, mas não tornam o Atlético menos efetivo.
A aflição pela possibilidade de ver o Fluminense empatando a partida no final do segundo tempo foi desnecessária. Seria perfeito fazer do “não precisa ser sofrido” um mantra, pois não há nada de poético em se dar ao luxo de desperdiçar resultados positivos.
Ontem o Galo segurou os três pontos e mereceu o triunfo, pois foi quem controlou as ações do jogo e agiu com efetividade. Sendo assim, o sofrimento pode ser perfeitamente relevado.
A distância para o líder da competição diminuiu e, aos poucos, o Galo vai se consolidando como um dos melhores times do Campeonato Brasileiro.
Se teremos fôlego para chegar ao título não se sabe, mas a evolução do Atlético é nítida, o que faz com que o time mereça a boa fase, os elogios e Rodrigo Santana mereça o reconhecimento que vem da torcida, da imprensa e dos seus comandados, pois foi com ele que o Galo começou a fazer um bom trabalho na temporada e por isso pode almejar uma conquista ainda em 2019.
ATLÉTICO 2 X 1 FLUMINENSE
Atlético
Cleiton; Patric, Igor Rabello, Réver e Fábio Santos; Ramón Martínez e Elias; Cazares (Geuvânio, aos 15/2°T), Vinícius e Chará (Otero, aos 28/2°T); Ricardo Oliveira (Alerrandro, aos 36/2/T)
Técnico: Rodrigo Santana
Fluminense
Muriel; Igor Julião, Nino, Digão e Caio Henrique; Allan, Daniel (Wellington Nem, aos 28/2°T) e Paulo Henrique Ganso; Marcos Paulo (Nenê, no intervalo), Yony González e Pedro (João Pedro, no intervalo)
Técnico: Fernando Diniz
Gols: Cazares, aos 41/1°T; Ricardo Oliveira, aos 5/2°T; Nenê, aos 43/2°T
Cartões amarelos: Vinícius, aos 19/1°T; Patric, aos 9/2°T; Geuvânio, aos 33/2°T; Wellington Nem, aos 36/2°T; Otero, aos 37/2°T; Digão, aos 46/2°T; Nenê, aos 49/2°T
Cartão vermelho: Nenê, após o fim do jogo
Motivo: 14ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: estádio Independência
Público: 19.081
Renda: R$ 352.497,00
Data e horário: sábado, 10 de agosto, às 21h
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO)
Assistentes: Fabrício Vilarinho da Silva e Bruno Raphael Pires (GO)
VAR: Héber Roberto Lopes (SC)