44 mudanças: os últimos 12 meses do Atlético
Por Stéfano Bruno / Revisado por Jéssica Silva
13 de junho de 2018. O Atlético vencia o Ceará, de virada, por 2 a 1, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. Na ocasião o Galo iniciaria a intertemporada durante a Copa do Mundo em segundo lugar no Brasileirão, com 23 pontos conquistados – quatro a menos que o líder Flamengo, e quatro pontos a mais que o Palmeiras, que mais tarde seria o campeão nacional.
Mesmo com o discurso de austeridade, desde então o Atlético anunciou 18 contratações e 26 saídas. Contudo, o elenco permanece desequilibrado e com poucos jogadores demonstrando poder de decisão nos grandes jogos.
O Fala Galo levantou alguns números neste período (julho/2018 a julho/2019) e traz dados curiosos sobre o time e a gestão atleticana.
NÚMEROS GERAIS:
Desde a primeira partida do Atlético após a Copa do Mundo de 2018 até a vitória contra a Chapecoense no último domingo (14), o Galo entrou em campo 69 vezes, conquistando 34 vitórias, 14 empates e 21 derrotas. Foram 102 gols marcados e 69 sofridos. Um aproveitamento de 56,0%.
É da ciência de todos que o nível do Campeonato Mineiro é abaixo das competições nacionais e internacionais que o Atlético disputa ao longo da temporada. Retirando o estadual destes números, o time alvinegro entrou em campo 53 vezes, alcançando 23 vitórias, 11 empates e 19 derrotas. São 49 gols marcados e 54 sofridos. Um aproveitamento de 50,3%.
Como é notório no parágrafo acima, além de ter um aproveitamento pouco acima de 50%, o Atlético tem média de gols marcados inferior a um por partida (0,92), e superior tratando-se de gols sofridos (1,02).
Desorganizado taticamente, sobretudo no período em que era comandado pelo Levir Culpi, o Atlético demonstrou – e ainda demonstra – dificuldade para criar e concluir oportunidades, o que acaba refletindo na média inferior a um gol por partida.
Embora muito criticado pela torcida, Ricardo Oliveira é o artilheiro do Galo neste período, com quase o dobro de gols marcados em relação ao vice-artilheiro. Nos últimos 12 meses o Pastor balançou a rede adversária 20 vezes, enquanto o Alerrandro, segundo colocando no ranking de artilharia, fez 13 gols.
Mesmo se excluirmos o Campeonato Mineiro deste dado, Ricardo Oliveira permanece sendo o artilheiro do Atlético, com 13 gols marcados. Neste caso o vice-artilheiro passa a ser o Cazares, com 11 tentos anotados.
MUDANÇA NO ELENCO:
Em 2018 o Atlético adotou um discurso de austeridade financeira, o que acabou sendo muito questionado pelos torcedores. Os muitos nomes que não agradaram os atleticanos e a dúvida sobre a capacidade dos atletas fizeram o clube alvinegro ter, entre idas e vindas, 44 alterações no elenco nos últimos 12 meses.
CHEGARAM (18): Chará, Terans, Denílson, Edinho, José Welison, Leandrinho, Nathan, Martín Rea, Réver, Guga, Igor Rabello, Jair, Vinicius, Maicon, Papagaio, Geuvânio, Lucas Hernández e Ramón Martínez.
SAÍRAM (26): Otero, Giovanni, Yago, Arouca, Marquinhos, Capixaba, Bremer, Róger Guedes, Clayton, Matheus Mancini, Erik, Marquinhos, Edinho, Juninho, Matheus Galdezani, Danilo Barcelos, Hyuri, Tomás Andrade, Emerson, Denílson, Gabriel, Dodô, Martín Rea, Renan Guedes, Leandrinho e Lucas Cândido.
Na lista acima não contamos com o retorno do Otero, além de não levarmos em consideração que o zagueiro Matheus Mancini e o meia Dodô foram negociados duas vezes neste período.
APROVEITAMENTO DA BASE:
De acordo com o site oficial do Atlético, o atual elenco do clube tem 34 jogadores:
Goleiros (5): Victor, Cleiton, Michael, Fernando e Uilson.
Lateral-direito (3): Guga, Patric e Carlos César.
Lateral-esquerdo (3): Fábio Santos, Lucas Hernández e Hulk.
Zagueiros (4): Réver, Leonardo Silva, Igor Rabello e Iago Maidana.
Volantes (5): Elias, José Welison, Gustavo Blanco, Jair e Ramón Martínez.
Meias (7): Cazares, Otero, Vinicius, Terans, Nathan, Bruninho e Daniel Penha.
Atacantes (7): Luan, Ricardo Oliveira, Alerrandro, Chará, Geuvânio, Maicon e Papagaio.
Entre os 34 atletas que compõem o elenco profissional do Atlético, de acordo com o site oficial do clube, apenas oito são oriundos das categorias de base, ou seja, 23,5% entre todo o grupo.
No duelo contra o Fortaleza, o técnico Rodrigo Santana optou em escalar um time misto. Contudo, mesmo assim os jogadores da base do Atlético não ganham oportunidade. Para este duelo, foram relacionados apenas três atletas formados no clube: Cleiton, Alerrandro e Fernando, sendo que este último não participou do jogo.
Na vitória sobre a Chapecoense, pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro, Rodrigo Santana optou por um time completamente reserva. Para esta ocasião o comandante alvinegro relacionou seis jovens formados no clube: Cleiton, Bruninho, Michael, Vitor Mendes, Hulk e Daniel Penha. Contudo, somente os dois primeiros participaram da partida.
Atualmente, entre os jogadores de linha do sistema defensivo do Atlético, apenas um foi formado no clube: Hulk. Com a contratação do Lucas Hernández, a tendência é que o lateral seja emprestado para ganhar minutos em campo e consequentemente adquirir experiência.
RENOVAÇÃO (ÕES):
Outro fato questionável é a renovação do meia Nathan. Não somente pela continuidade do jogador no grupo, mas a pouca importância que o atleta vem recebendo no elenco.
Nathan foi relacionado somente para um jogo desde que acertou a permanência no Atlético. Entretanto, o meia não saiu do banco na partida contra a Chapecoense, mesmo com o técnico Rodrigo Santana optando em colocar três jogadores de frente na ocasião. Os escolhidos pelo comandante foram: Papagaio, Maicon e Bruninho.
Quem está perto do fim do contrato e o torcedor tem receio de sua permanência é o lateral-direito Carlos César. O jogador tem vínculo com o Atlético até o dia 31 deste mês.
SEM ESPAÇO:
Entre os 34 jogadores que compõem o elenco principal do Atlético, é notório que alguns não têm espaço no time. O lateral-direito Carlos César, o lateral-esquerdo Hulk e os meias Terans e Daniel Penha não vêm recebendo nenhuma oportunidade e normalmente ficam fora até do banco de reservas.
Como citado acima, podemos incluir nesta lista o meia Nathan e o atacante Papagaio, que recebem poucas oportunidades e, nas poucas atuações, não demonstraram algo que justifique um maior aproveitamento.
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