E se…
Por Cecília Oliveira / Revisado por Jéssica Silva
Quarta-feira, 17 de julho de 2019. A Arena Independência estava lotada de atleticanos apaixonados pelo Galo. O Horto pulsava. A atmosfera do estádio era totalmente favorável. A entrada dos times foi um espetáculo maravilhoso. Mesmo com as caixas de som do estádio tocando o hino nacional no volume mais alto possível, a única coisa que se ouvia lá dentro era o hino do Galo, cantado a plenos pulmões por toda a torcida atleticana presente. No final dos 90 minutos, o placar de 2 x 0 não foi suficiente para a classificação. Mas, e se o Galo tivesse jogado o primeiro jogo da mesma maneira? E se tivesse feito pelo menos um gol no jogo de ida? E se…
Domingo, 21 de julho. Mesmo estádio. Dessa vez não estava lotado, mas bem cheio. Além do jogo contra o Fortaleza, domingo foi o dia das homenagens emocionantes ao agora ex-jogador Adilson e ao torcedor Luciano. Acredito que, assim como eu, todos no estádio se emocionaram com as homenagens. Novamente, o clima para o jogo era muito bom e o início da partida foi do jeito que o torcedor queria. Em menos de 20 minutos de jogo já estava 2 x 0 para o Galo. Porém, no segundo tempo, em pouco mais de cinco minutos o Fortaleza fez dois gols e empatou a partida. E se o time não tivesse relaxado depois de abrir dois gols de vantagem no placar? E se tivesse levado mais a sério o outro time? E se o time refletisse sua torcida? Novamente, e se…
“E se…”. Esse início de frase nos persegue por toda a vida. Todos já usamos pelo menos uma vez, quando não centenas de vezes, E SE ainda não falamos isso, certamente usaremos essa frase pelo menos uma vez durante a nossa vida.
“E se” geralmente carrega um arrependimento de algo não feito, ou feito de maneira incorreta.
“E se eu não tivesse brigado com ele? ”
“E se eu não tivesse escolhido virar aquela rua? ”
“E se eu tivesse saído de casa cinco minutos mais cedo? ”
“E se…”
Questionamentos como esses fazem parte da vida. O problema é quando nos acomodamos de tal maneira que não fazemos nada para mudarmos. E acredito que esse, hoje, seja o maior problema do nosso Galo. Não vemos atitudes que nos levam a crer nessa tão necessária mudança. O clube parece preso em um eterno “looping” de “e se”.
“E se o Wright não tivesse expulsado meio time do Galo contra o Flamengo? ”
“E se o Simon não tivesse marcado aquele pênalti contra o Botafogo? ”
“E se não perdesse tantos pontos contra os times pequenos, especialmente em jogos em casa? ”
Precisamos sair disso. Estamos em um looping vicioso e que não nos faz bem. Nem a nós torcedores, nem ao próprio Galo. Precisamos começar a usar o “e se” no futuro, projetando aquilo que queremos ver acontecer com nosso clube do coração. E se, a partir de agora, começarmos a cobrar time, presidente e comissão técnica de maneira mais incisiva e correta para tentarmos ter melhores resultados no futuro? E se parássemos de aplaudir o time eliminado em casa pelo maior rival?
Presidente, comissão técnica e jogadores precisam entender o que o Atlético significa. Nós, torcedores, precisamos nos lembrar disso também. O Galo é maior que todos nós e todos eles. A torcida do Galo é maravilhosa e merecia muito mais. Muito mais dedicação, esforço, coragem para arriscar, mais suor na camisa. Mais alegrias. Mesmo com toda a raiva que passamos, continuamos apoiando, amando o Galo e fazendo os espetáculos nas arquibancadas, e eu me pergunto: e se o Galo não nos fizesse tanta raiva?!
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