Convenceu: de virada, Galo vence e avança na Copa do Brasil
Por: Jéssica Silva
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Para quem disse que o Galo venceu jogando muita bola no último domingo apenas por ter medido forças com uma equipe inferior, faltará argumentos para contestar a grande vitória atleticana em solo paulista.
Ontem, frente ao bom time do Santos, o Galo fez a sua melhor partida fora de casa até então e venceu com total merecimento. Ao contrário do que muitos esperavam, o Atlético não se absteve de jogar e alcançou a vitória, que foi o que o time buscou durante os 90 minutos.
Se no jogo da ida, em Belo Horizonte, nos faltou gols e atitude, ontem tanto o Atlético quanto o Santos se dispuseram a fazer uma partida franca, a fim de decidir tudo no tempo normal.
A equipe de Jorge Sampaoli saiu na frente rapidamente, aos cinco minutos do primeiro tempo. Seria normal e era até esperado que o time atleticano sentisse o golpe do tento tão precoce, no entanto, a equipe de Rodrigo Santana não se abateu e passou a pressionar o Santos.
Dizer que há uma grande evolução atleticana sob o comando de Rodrigo Santana é desnecessário, mas vale ressaltar a maturidade com que a equipe se comporta hoje em dia, algo que nem de longe acontecia há alguns meses, quando o comandante ainda era Levir Culpi.
Nos primeiros minutos da partida de ontem, o Santos foi ligeiramente melhor. Apostando na marcação alta para impedir as chegadas atleticanas, o time de Sampaoli fez com que o Atlético levasse um certo tempo para entrar de fato no jogo, mas o Galo conseguiu se organizar e se impor, criando mais oportunidades e passando a comandar as ações de quase todo o primeiro tempo.
A bola aérea ainda é um problema para a defesa do Atlético, já que essa é alternativa que os adversários ainda utilizam para tentar nos superar, mas o Galo tem conseguido fazer com que os seus pontos positivos se sobressaiam às suas falhas, construindo bons resultados.
Quando tudo era igual no Pacaembu, exceto o placar, o Galo tratou de fazer justiça com Chará. Mais um gol do colombiano, com uma brilhante participação de Cazares, e o Atlético ia garantindo no mínimo a ida aos pênaltis com o empate.
Encarar o Santos de Sampaoli em seus domínios, mesmo que não se trate da Vila Belmiro, requer muita atenção. O objetivo inicial do Peixe é pressionar o adversário ao máximo, sem permitir que os jogadores rivais sequer respirem.
Tamanha dificuldade abrilhanta ainda mais o que foi feito pelo Galo na noite de quinta-feira.
Rodrigo Santana passou muito perto de ter que enfrentar todo o segundo tempo com um homem a menos, após uma falta de Zé Welison render um cartão vermelho para o jogador. Felizmente, o lance foi revisado pelo VAR e o volante foi apenas amarelado.
Controlando o jogo também na etapa complementar, o Galo ia se mostrando insatisfeito com o empate. Levando em consideração a vontade demonstrada pelos jogadores atleticanos, um placar em igualdade e uma disputa de pênaltis parecia inaceitável.
O Santos, não muito diferente do Atlético, não estava no jogo para buscar somente um empate. Apesar de não ter tido um domínio como o dos primeiros minutos da partida, permitia um jogo aberto no Pacaembu.
Com algumas chegadas ineficazes, o dono da casa viu a classificação do adversário ser alcançada porque o Galo fez o que o time de Sampaoli não foi capaz de fazer: aproveitar as oportunidades.
Em bom contra-ataque, Elias lançou Cazares que, mais uma vez, serviu Chará o deixando livre para marcar seu segundo gol no jogo, o segundo do Galo, o da classificação.
A sintonia entre dois dos “gringos” do Galo contra o Santos foi a protagonista dessa noite de classificação merecida.
Cazares, inclusive, além de servir Chará, dominou o meio de campo e deixou outros companheiros na cara do gol em outras oportunidades.
Se a bela atuação de Chará no ataque tem como ponto positivo a responsabilidade pela nossa vitória, tem também o ônus de nos mostrar que quem deveria assumir a postura de homem de frente destoou mais uma vez do restante da equipe.
Ricardo Oliveira foi mal novamente. Qualidade não falta ao Bom Pastor, porém, o jejum de gols e as oportunidades perdidas fazem com que toda a Massa Atleticana queira vê-lo no banco, para dar lugar a Alerrandro.
Quando ainda precisávamos do gol da virada, o camisa 9 perdeu uma bela oportunidade cara a cara com o goleiro, ao chutar a bola em cima do arqueiro santista. Lances como esse me fazem pensar onde Ricardo Oliveira esconde toda a sua experiência no futebol, já que às vezes demonstra não ter maturidade alguma em momentos decisivos.
Alerrandro pede passagem justamente por agir com a atitude e a esperteza que um centroavante precisa ter, brigando pela bola e não deixando de balançar as redes quando é bem servido.
Insatisfação individual à parte, a vitória com “V” maiúsculo construída pelo Galo deve ser muito comemorada. Vencer o Santos em São Paulo ontem não serviu apenas para nos classificar, o triunfo representou com louvor a grande mudança que acontece no Atlético dentro das quatro linhas.
O Galo era uma equipe desorganizada, imatura, sem vontade de vencer e até acomodada há pouco tempo. Hoje podemos esperar entrega, organização e um time se postando da melhor maneira que pode, da defesa ao ataque.
Ainda temos limitações, é verdade, mas este é um problema que pode ser facilmente resolvido com a provável vinda de reforços.
Rodrigo Santana demonstra a cada partida que seu futuro como técnico (e quem sabe o presente) certamente será brilhante. Com paciência, sabedoria para trabalhar com o que tem e uma visão privilegiada de futebol, o jovem treinador fez com que o Galo mudasse da água para o vinho, mesmo com pouco tempo de treinamento efetivo.
Pela primeira vez na história, o Galo eliminou o Santos em um mata-mata, com a ressalva de ter encarado uma formação ofensiva do time da Vila, que joga um bom futebol hoje em dia, sob o olhar atento de Jorge Sampaoli.
Aos poucos o Galo vai recuperando o respeito que vinha sendo deixado para trás. Daqui para frente, muito dificilmente o Atlético não será visto como uma equipe cascuda, que traz reais dificuldades aos adversários e isso se deve ao trabalho do nosso jovem professor, Rodrigo Santana.
No fim das contas, enfrentar de cara um adversário difícil pela Copa do Brasil fez com que o Atlético mostrasse a que veio. Hoje estamos no caminho certo e a temporada 2019 pode não estar perdida.
É no aperto que o Galo canta mais alto, nos fazendo cantar também, com a crista riscando o céu e o peito cheio de orgulho não só por vencer, mas por convencer a quem quer que duvidasse.
FICHA TÉCNICA: Santos 1 x 2 Atlético
Data: 06 de junho de 2019 (quinta-feira)
Horário: 20h (de Brasília)
Local: Estádio Pacaembu, em São Paulo (SP) Árbitro: Bruno Arleu de Araújo (RJ) Assistentes: Luiz Cláudio Regazone (RJ) e Michael Correia (RJ)
Gols: Gustavo Henrique, aos 5 minutos do primeiro tempo, Chará, aos 37 minutos do primeiro tempo e aos 38 do segundo. Amarelos: José Welison, Adilson e Fábio Santos, do Atlético-MG; Lucas Veríssimo e Soteldo, do Santos.
SANTOS: Éverson; Lucas Veríssimo, Aguilar (Jean Mota) e Gustavo Henrique; Victor Ferraz, Jean Lucas, Diego Pituca e Jorge; Sánchez (Soteldo), Marinho e Uribe (Eduardo Sasha).
Técnico: Jorge Sampaoli.
ATLÉTICO: Victor; Patric, Réver, Igor Rabello e Fábio Santos; Zé Welison (Adilson, aos 17/2°T), Elias, Luan (Geuvânio, aos 30/2°T), Cazares e Chará; Ricardo Oliveira (Alerrandro, aos 21/2°T)
Técnico: Rodrigo Santana
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