A fé, a ciência e o Galo: toda semelhança é mera coincidência?
Por Mateus Wallace
Nos tempos antigos entendia-se que a vida se resumia em uma estrutura que é o esqueleto. Os leitores e conhecedores da Bíblia irão se lembrar da fala do salmista: “as tuas calúnias me ardem nos OSSOS”. Ou então se lembrarão do pedido de José aos seus filhos: “Quando eu morrer, não deixem a minha estrutura no Egito. Transportem os meus OSSOS para onde Deus vos levar”.
Segundo a ciência, cada corpo humano possue 206 ossos na sua idade adulta. Os ossos formam o esqueleto e o esqueleto é a estrutura do corpo. Sem o esqueleto não existe corpo, pode até existir alma, mas corpo, de maneira nenhuma.
Estamos quase na metade do primeiro semestre e a impressão é que ainda não existe um esqueleto no time do Galo. Sendo assim, não existe estrutura. Com quase quatro meses de temporada ainda não temos antes dos jogos certeza de quem vai jogar. Nunca se sabe se vamos de Elias, Chará ou Terans. Patric ou Guga. Ou seja, não existe uma estrutura formada.
Estamos diante de um vale de estruturas. Nos tempos D. C. (depois de Cristo), três coisas se faziam para decretar o sepultamento de uma pessoa: em primeiro lugar queimava-se os ossos. Em segundo, quebrava-se os ossos, e em último lugar, espalhava-se os ossos.
Nesse vale do Atlético não há um osso quebrado, mas temos ossos espalhados. Quando se espalha os ossos automaticamente a estrutra está desmontada e sem estrutura não há time que aguente. Um time campeão não se faz com propaganda, marketing, camisa bonita e estádio novo; um time campeão se faz com estrutura.
A Bíblia, juntamente com a ciência, nos ensina que a aprendizagem não vem pelo falar, mas sim pelo ouvir. Coincidência ou não, Ezequiel viveu a mesma situação que Levir está vivendo, esteve diante de um vale de estruturas espalhadas e quando questionado se poderiam restaurar, ele disse: “tu o sabes, ó Senhor”. Ou seja, Ezequiel mesmo sendo considerado o profeta mais inteligente da Bíblia, de maior cabedal e de maior conhecimento, preferiu ouvir do que arriscar, já Levir tem feito o inverso disso.
Fica o questionamento: ossos podem ouvir? Nós temos ossos que trabalham na audição, já que existem existem três tipos no aparelho auditivo: martelo, bigorna e estribo (esse último o menor osso do corpo. 2,5 mm). É perceptível por onde começa a restauração: antes de tudo, pelo OUVIR. A audição é o segredo dos vitoriosos.
Nós, que vivemos de atleticanidade, não andamos por vista, andamos por ver. E a fé é o firme fundamento daquilo que se espera e a prova daquilo que não se vê. E só se tem fé por que a fé vem pelo ouvir.
Mas para formar um time campeão é necessário juntar cada osso ao seu osso, cada um no seu devido lugar. Não se pode colocar testa de um em face de outro, nem braço desse no corpo daquele. “Time Frankenstein” não ganha títulos.
Junte cada osso ao seu osso. A torcida não quer saber se tem falange lá no norte e tem que se unir com a falanginha ou falangeta lá no sul. Não queremos saber se a tíbia tá no leste e fêmur e perônio estão no oeste, queremos uma estrutura montada.
Cada ser humano possui em seu corpo duas caixas: a caixa craniana e a caixa torácica. A primeira caixa tem um propósito, a segunda caixa tem outro e os dois órgãos vitais do corpo estão protegidos por essas caixas. A primeira caixa protege o cérebro, a mente, a segunda protege o coração. Deus já fez as duas proteções para que o corpo tivesse vida.
“Penso mais que os outros, raciocino mais que os outros, a minha opinião é que interessa”. Isso é cérebro exposto e cérebro exposto corre risco de morte.