Gestão no futebol, pra quê?
Gestão no futebol, pra quê?
Fala Massa,
Ao inaugurar este novo espaço Atleticano, vamos falar pouco do Galo. Neste primeiro bate-papo – e esperamos que seja, realmente, uma boa prosa como bons amigos fazem – vamos tentar apresentar os motivos para ter o tema “Gestão” em um canal voltado ao futebol. Mais que isso, por que falar de gestão em um espaço voltado a falar do nosso Glorioso Clube Atlético Mineiro.
Se os estudiosos dizem que o futebol já existe há muito tempo e que as regras do jogo atual são originadas na Inglaterra do século XIX, podemos considerar que esse esporte, na forma como conhecemos atualmente, se forma nos últimos 50 anos. Dos anos 1970 para cá, o futebol deixou de ser um esporte amador para fazer parte de uma das mais importantes áreas da economia moderna: o entretenimento. Segundo algumas publicações, o setor de mídia e entretenimento vai movimentar, já em 2021, 2,2 trilhões de dólares no mundo. Só no Brasil, já em 2020, a previsão é de quase 44 bilhões de dólares. Ou seja, para mexer com tanto dinheiro, não dá para ser amador.
Ferran Soriano, ex vice presidente do Barcelona e atual diretor executivo do Manchester City, ao publicar o livro “A bola não entra por acaso”, mostrou como a gestão influencia diretamente nos resultados em campo. Podemos dizer que administração correta não faz, necessariamente, ganhar o campeonato, mas a incorreta faz perder campeonatos. E basta observar o abismo que existe entre os grandes clubes europeus e os demais clubes, especialmente os brasileiros. É terrível ver uma criança deixando de lado uma camisa do clube brasileiro e vestindo uma do PSG. PSG?!?!?!?!?!?!?!?! Não existe comparação entre a história do PSG com a do Galo, do Grêmio, do Santos, do Botafogo, até da Portuguesa. Mas ficamos muito defasados.
O futebol no Brasil também está mudando. Alguns dirigentes passaram a entender que não é possível mais o amadorismo anterior. Dívidas, enrolações, “finge que paga e eu finjo que jogo”… Não dá mais… As exigências começam a aparecer: licenciamento de clubes, fair play financeiro, PROFUT… Não dá mais para ficar na picaretagem. E os bons exemplos começam a aparecer. O sucesso do Palmeiras não é apenas Crefisa. O renascimento do Flamengo não é apenas por ter maiores receitas de TV. São exceções? Sim. Mas vamos ao exemplo mais real e próximo do que os clubes mineiros vivem: Grêmio de Foot-Ball Porto Alegrense. Profissionalismo, seriedade, transparência, ousadia… E resultados dentro e fora do campo. É um exemplo que devemos observar, aprender e seguir.
Em nosso próximo post, falaremos (finalmente) do Galo. Como está nesse contexto? O que vem fazendo para melhorar? Quais as perspectivas? Esperamos que este espaço seja bastante propositivo – que possamos avaliar boas práticas (não apenas do mundo do futebol) e apresentar sugestões ao Atlético. Vamos criticar quando necessário? Claro. Mas as críticas serão fundamentadas e, principalmente, seguidas de sugestões. Afinal, o que mais queremos é a grandeza do Clube Atlético Mineiro
Sigam o FalaGalo nas redes sociais: @FalaGalo13 e acompanhe todas as notícias no Portal falagalo.com.br
Colunista: Prof. Denilson Rocha