Por que tinha que ser o Eduardo Sasha?

Foto: Flickr Oficial Atlético

 

 

Hugo Fralodeo
03/09/2020 – 05h00
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Depois de grande esforço, tanto por parte da diretoria quando de Sampaoli e do próprio jogador, Atlético anuncia Eduardo Sasha e promove seu reencontro com seu antigo comandante. Mas qual o motivo de tanto esforço? Como Sasha agrega a este elenco?

Nos números, de um 2018 apagado pelo Inter, explodiu no Santos, onde em 34 jogos pelo brasileirão, atuando centralizado, deu 14 gols e 4 assistências. Mas isso só diz uma parte da importância de Sasha para o restante do time.

Na ideia do futebol cíclico e sua dinâmica, os centroavantes se tornaram mais móveis, participativos e completos, com muitos jogadores atuando por ali mesmo não sendo sua posição de origem. Função é diferente de posição. Um jogador pode ser escalado em determinado espaço do campo, mas não significa que ele vá cumprir a função característica e “comum” da posição. Confuso? Um atacante de lado escalado centralizado, como homem mais perto do gol, com a camisa 9 e sendo o último homem da escalação, não se torna um centroavante. Esse é Sasha.

Pressionar a saída de bola, abrir espaços, tocar mais na bola e ajudar a construir o jogo, tornaram os centroavantes mais completos e proporcionou a utilização de jogadores sem essa característica tão marcante dos centroavantes, empurrar a bola para o gol. Quem joga por ali tem que fazer o gol, correto? Mas a realidade é que, em 90 minutos, um jogador pega por 5 na bola, quando muito. Os jogadores têm segundos de finalização em partidas inteiras, participam muito mais sem a bola. Precisamos enxergar o jogo como um todo. Vamos nos acostumar a ver um atacante que abre mais espaços para os companheiros, dá mais assistências e também contribui mais com a marcação, além de, claro, sempre marcando gols.