Opinião do torcedor: O Atlético pode ser campeão brasileiro 2020-21?
Foto: Flickr oficial do Atlético / Bruno Cantini
Adalberto Pelli
22/07/2020 – 08:35
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No dia 27/04/2019, no estádio Independência, o Atlético iniciou a sua participação no Brasileirão 2019 com essa escalação: “Victor; Guga, Iago Maidana, Leonardo Silva e Fábio Santos; Adílson, Elias (Vinicius); Luan e Geuvânio, Chará (Jair) e Ricardo Oliveira (Zé Welison). Técnico: Rodrigo Santana (interino)”.
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Em análise a esta escalação, pode-se concluir que a média de idade do time era de 31 anos. Na primeira linha de marcadores, o Atlético apresentava dois defensores, Léo Silva e Fábio Santos com idade superior a 34 anos; na segunda linha de marcação, no esquema 4-5-1 adotado na partida, vê-se a presença de cinco jogadores com idade superior ou próxima aos 30 anos, destacando que esta linha é o pulmão da equipe, pois responsável por transitar de área a área (box to box); para complementar, o Galo tinha no comando de seu ataque, um centroavante de 40 anos.
Além da média de idade por setores, destaca-se a presença de um técnico interino à época, que depois chegou a ser efetivado, Rodrigo Santana, bem como a entrada de dois jogadores de baixo nível técnico no decorrer da partida, quais sejam, Zé Welison e Vina.
Retornando da viagem no tempo acima, encontra-se hoje o seguinte Atlético escalado no jogo treino (primeira parte) contra o América-MG no dia 15/07/2020: “Rafael; Guga, Igor Rabello, Réver e Guilherme Arana; Allan, Nathan, Hyoran; Savarino, Marquinhos e Marrony. Técnico Jorge Sampaoli”. Desta escalação, extrai-se uma média de idade de 25 anos, um treinador renomado e efetivo no cargo, um esquema mais aberto e focado no ataque 4-3-3.
Durante a Copa do Mundo de 2018 circulou um vídeo referente à preleção do técnico Didier Deschamps aos jogadores franceses. Nas instruções passadas pelo treinador da equipe campeã, claramente se notava a cobrança por mais “sprints” dos atacantes de lado de campo e mais quilometragem aos jogadores de um modo geral. Não há dúvidas que o futebol moderno exige esforço físico, velocidade, intensidade e competitividade. O Galo 2020 tem condições de competir e ser mais intenso.
Do Livro “Guardiola Confidencial”, de Martí Perarnau, vale destacar uma passagem para entendermos o que pensa Pep Guardiola sobre futebol: “Certa noite estávamos com Patricia González, jovem selecionadora do feminino sub19 do Azerbaijão. Durante o jantar, Guardiola olhou para ela e disse: ‘Patricia, vou lhe dar um conselho: coloque sempre os bons. Sempre! ’. A jovem treinadora fez então uma pergunta capciosa: ‘Quem são os bons Pep? Os mais famosos? ’ A resposta foi precisa: ‘Não, os bons de verdade são os que nunca perdem a bola. Os que passam a bola e não a perdem. Esses são os bons. E são os que têm que jogar mesmo que tenham menos nome que os outros. ’.”
Jorge Sampaoli tem por estilo a posse de bola, o jogo posicional em que os jogadores têm de saber passar, triangular, atacar espaços sem a bola para confundir a marcação do adversário, assim como Pep. Jorge Sampaoli terá à disposição bons passadores no Atlético em 2020, tais como Nathan, Jair, Léo Sena, Alan Franco, Allan, mas também exigiu na sua chegada a presença de zagueiros que saibam jogar, daí a contratação de Júnior Alonso, ex-Boca Jrs. A posse de bola inicia-se com os defensores, os quais devem participar da peleja. Não há mais espaço para chutão e ligação direta no novo Galo.
O Brasileirão terá início no dia 09 de agosto de 2020. O Galo até lá terá jogos no Campeonato Mineiro para que possa se aperfeiçoar e entender o que pensa Sampaoli sobre o futebol. No torneio nacional, o Atlético enfrentará grandes adversários, como o São Paulo de Fernando Diniz e Daniel Alves; o Flamengo dos craques Gabigol, Arrascaeta, E. Ribeiro e Bruno Henrique; o Palmeiras de Luxa, Felipe Melo, Luiz Adriano e Scarpa; o Inter de Coudet, Guerrero, Edenílson e V. Cuesta; o Grêmio de Renato Gaúcho, Cebolinha, Jean Pyerre e Geromel.
A Massa não estará presente na arquibancada, o espetáculo será diferente do que se acostumou a ver nos anos anteriores, mas o time tem tudo para brilhar e encantar nos gramados. O Atlético de 2020 com a chegada de Sampaoli, jogadores jovens, nova filosofia de jogo, certamente, será mais competitivo do que o Galo de 2019 e poderá fazer frente aos grandes times do Brasil.
Onde José Reinaldo de Lima poderia estar hoje no futebol?
No Brasileirão de 1977, Reinaldo, o Rei, aos 20 anos, fez 28 gols em 18 partidas, média de gols por jogo de 1,55. Marca insuperável em todas as edições da maior competição nacional.
Liderando a Chuteira de Ouro da UEFA na temporada 2019-2020, Lewandowski, centroavante do Bayern de Munique, tem 51 gols em 43 partidas, segundo o site Transfermarkt.com.br, média de 1,18 gol por jogo. O valor do polonês de 31 anos é de 56 milhões de euros (345 milhões de reais), segundo o mesmo site.
Reinaldo fez o quarto gol do Atlético na semifinal do Brasileirão de 1977 contra o Londrina-PR no Mineirão. Belíssimo gol. Bola cruzada da direita para a área do Londrina. Reinaldo dominou a bola na marca do pênalti já se livrando do zagueiro e fuzilou para as redes. Dominar uma bola nos gramados de antigamente, com toda certeza exigia mais habilidade dos atletas. Reinaldo foi um gênio do futebol. Hoje valeria muito dinheiro no mercado da bola.
Saudações atleticanas.