Preto no Branco: Dez é a camisa dele. É o camisa 10 da SeleGalo!!! Quem é quem vai ficar no lugar dele?
Foto: Bruno Cantini
Por: Max Pereira
01/07/2020 – 07h00
Clique e siga nosso Instagram
Clique e siga nosso Twitter
Clique e siga nosso YouTube
Clique e siga nosso Facebook
INSCREVA-SE NA TV GALO (clique aqui)
Houve um tempo em que alguns camisas 10 brilharam no futebol brasileiro, ainda que este número pouco significasse. Nas décadas de 30, 40 e 50 do século passado, Leônidas da Silva, o Diamante Negro, Zizinho, Jair da Rosa Pinto e Heleno de Freitas, o Gilda, mostraram que arte e futebol têm tudo a ver.
Outro exemplo de gala é o grande Didi, o mestre da folha seca, que, no Botafogo e na maior seleção brasileira de todos os tempos, bicampeã do mundo, usava a numero oito e jogava o futebol de um número 10.
Para quem não sabe “folha seca” é o nome que o seu chute cheio de veneno e efeito ganhou ao encantar o mundo, surpreender e aterrorizar os pobres goleiros contra quem ele os desferia.
Não é segredo para ninguém que Pelé deu à camisa 10 a conotação transcendental que ela tem hoje e, certamente, manterá para todo o sempre, amém.
Já contei aqui nessa coluna “REMINISCÊNCIAS EM PRETO E BRANCO: HISTÓRIAS, FATOS, MITOS, LENDAS, CAUSOS, CURIOSIDADES E MUITAS SAUDADES”, que há 62 anos aconteceu o meu batismo em preto e branco.
Onde? No velho estádio Antônio Carlos, no mesmo quadrilátero em que hoje se ergue o Shopping Diamond Mall. O Galo venceu por 2 x 0, com dois gols de um craque que usava a camisa 10. O nome dele? Tomazinho.
O adversário? Não me lembro e não importa. O que interessa é que o craque goiano, meu primeiro ídolo, foi quem desenhou com o seu talento e seus gols a palavra GALO no meu coração e tornou mítica, em meu imaginário, a camisa 10.
Ao mesmo tempo em que conheci a magia do futebol nos pés de Pelé, o maior camisa 10 de todos os tempos, vi outros craques emblemáticos vestirem o manto sagrado atleticano com este numero mágico brilhando em suas costas: Viladônega, Fifi, Bianchini, Paulista, Henrique Frade, Adilson Bibi, o filho de Didi, Amauri Horta, o Cabecinha de Ouro e Oldair Barchi, que também ditava cátedra na lateral esquerda.
Não importa o esquema tático, a camisa 10 teve sempre uma importância especial e mítica para qualquer time. O craque da companhia ou aquele canhotinha chato de se marcar, ou ainda aquele cara que conseguia dar o passe final e letal, sempre tinham a primazia de vestir a numero 10.
Qualquer time que se prezasse tinha em seu camisa 10 a sua reserva de talento. No Flamengo, Dida e Silva, no Palmeiras, Ademir da Guia, no mesmo Botafogo de Didi, Arlindo, Amarildo e Paulo césar Caju e, na Portuguesa e depois no Corinthians, o Príncipe Ivair.
E, por falar no Timão, Roberto Rivelino, o Reizinho do Parque. O Fluminense tinha Joaquinzinho. No rival, Rossi e depois Dirceu Lopes. No América, Zuca, Samuel, Juca Show, Amauri Horta, que também jogou no Atlético, e o grande Jair Bala.
Mário Sérgio Pontes de Paiva, que também foi técnico do Atlético, jogou muito com a 11, mais foi um craque maior ainda com a camisa numero 10.
Em Portugal, Euzébio e o luso-brasileiro Deco. Na França, Michel Platini e o franco-argelino Zinedini Zidani. Na Inglaterra, Sir Bob Charlton, que também não usava a 10 e Wayne Rooney. A Guiana Holandesa deu ao pais dos moinhos de vento o craque Seedorf.
Ah Não me esqueci dos argentinos que ganharam os gramados espanhóis, Di Stefano e Lionel Messi. Na Itália, Roberto Baggio. A Hungria deu ao mundo o genial Puskas que brilhou no maior Real Madrid de todos os tempos.
Na América de língua espanhola, o Uruguai de Obdúlio Varela ainda revelou Pedro Rocha. A Argentina, Mário Kempes. O Peru, Cubillas. O Chile, Valdívia e a Colômbia, Fred Rincón, Valderrama e Escobar, que jogou no Galo.
Didi não foi o único camisa 10 a se disfarçar em campo usando o numero 8. Tostão, Gerson, o Canhotinha de Ouro, Mengálvio , um dos integrantes daquele que é considerado o maior ataque de todos os tempos, o do Santos de Pelé. Fora do Brasil, Cruiff usou a camisa 14, mas não conseguiu enganar a ninguém. E Iniesta foi majestade, ora com a 8, ora com a seis.
No Atlético: Danival, Spencer, Humberto Ramos e Valdo, também não usaram a 10 com a frequência com que o seu grande futebol fazia por merecer. Dátolo, por exemplo, brilhou com a camisa 23, R10 foi R49 no seu primeiro ano no Galo e Guilherme foi 14, 17. Ah! E um 10 extraordinário também.
Gerações após gerações, os camisas 10 marcaram época no futebol Brasileiro, como Zico, Dicá, Jorge Mendonça, Pita, Alex, Junior, o Maestro, Roberto Dinamite que também marcava os seus gols como centroavante, Geovani do Vasco, Geovani do Santos, Ganso, Nenê, Bebeto e Tita.
A lista atleticana dos camisas 10 é extensa de bons e saudosos nomes, alguns amaldiçoados pela massa, e quem ousar citá-los certamente vai cometer injustiças. Vou correr o risco e citar mais alguns:
Laci a Pérola Negra, Lola, Beto Bom de Bola, Ramon Menezes, Souza, Petkovich, Ricardinho, Rodrigo Fabri, Linchol, Marquinhos Silva, Alexandre, Diego Souza, Daniel Carvalho, Danilinho, Marcelo (Oliveira), Paulo Isidoro, Tita, que era craque mas não era aquele que jogou no Urubu e no Vasco, ufa!!!
Renato Dramático, Renato Morungaba, Neto, Zenon, Paulinho, Ângelo, Palhinha, Rodrigo, Renan Oliveira, Jorginho, Hernani, Daniel Frasson, Éder Luís, Cairo, Tucho, Irênio, Marco Antônio Boiadeiro, Everton, Robert, Adriano, Belletti, Mancini, Júnior, Campos, Pedrilho, Ronaldo Drummond e …
Seja armador, seja, meia atacante, seja o antigo ponta-lança, seja um terceiro homem de meio de campo, vários jogadores de estilos e características totalmente díspares, vestiram e brilharam com a camisa 10 do Galo das Gerais.
Tal era a mística da camisa 10 que, na década de 70, o compositor e cantor Luís Américo produziu uma perola com este nome e o Brasil inteiro cantou.
Alguns anos depois o compositor Charles André fez outra letra com o mesmo nome que foi imortalizada pela Turma do Pagode.
Para descrever a mística atual do Atlético em torno da camisa 10 vou parodiar, misturar e brincar com estas duas composições.
É o camisa dez da seleGALO, laiá , laiá , laiá (bis)
Dez é a camisa dele, quem é que vai ficar no lugar dele? (bis)
Desculpe seu Sampaoli. A crítica que faço é puro exercício ético
Espírito de humor, torcida do Atlético.
Camisa 10. Põe a bola no chão. E no meio da tu0rbulência vem com a solução. Com ele não tem jogo ruim. É a salvação. É de virada e muita alegria nas quebradas.
É o camisa dez da seleGALO, laiá , laiá , laiá (bis)
Dez é a camisa dele, quem é que vai ficar no lugar dele? (bis)
Cuidado seu Sampaoli. Mexe nesse time que sem ele fica muito fraco. Levaram uma flecha, esqueceram o arco. Botaram muito fogo, mas sopraram um ventinho. Sem ele o time vai ficar devagar, devagarinho.
Não é atoa que desacreditaram do nosso time. Hoje o elenco tá sendo montado. É cada um na sua. Todos por um. Um por todos.
Mas, cuidado seu Sampaoli, não dê sopa para os azares. Se não jogar com ele, quem vai ficar no lugar do Cazares?
É o camisa dez da seleGALO, laiá , laiá , laiá (bis)
Dez é a camisa dele, quem é que vai ficar no lugar dele? (bis)
Desculpe seu Sampaoli, sem camisa 10 eu não me calo. Eu grito, eu xingo, eu falo, eu cobro e falo.
Desculpe seu Sampaoli. A crítica que faço é puro exercício tático
Espírito de humor, conhecimento fático. Quem conhece tá sorrindo para não chorar…/ porque sabe que sem ele o time vai desandar.
É o camisa dez da seleGALO, laiá , laiá , laiá (bis)
Dez é a camisa dele, quem é que vai ficar
Desculpe seu Sampaoli. Sei que o senhor na verdade gosta de um camisa 10. O que falam por aí deve ser ranço, afinal o senhor já pediu a contratação do Paulo Henrique Ganso.
É o camisa dez da seleGALO, laiá , laiá , laiá (bis)
Dez é a camisa dele, quem é que vai ficar no lugar dele? (bis)
Cuidado seu Sette, mas essa história já encheu. E veja o prejuízo que já deu. O craque vai mudar de praça e vai embora de graça. E nessa mudança de ares, desejo toda a sorte ao craque Cazares.
Desculpe seu Sette, mas esta história ainda não acabou. Quem vai ficar no lugar dele? No time e no ódio? Na derrota e no pódio?
É o camisa dez da seleGALO, laiá , laiá , laiá (bis)
Dez é a camisa dele, quem é que vai ficar no lugar dele? (bis)
DESCULPE, SEU SAMPAOLI! CUIDADO, SEU SETTE!!!, laiá , laiá , laiá (bis)