Sérgio Sette Câmara diz já ter pago empréstimo para quitar dívida de Maicosuel: “Esse dinheiro não devemos mais”

Foto: Bruno Cantini

 

 

Samuel Resende
21/05/2020 – 05h33
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No dia 27 de abril, o presidente do Atlético, Sergio Sette Câmara, revelou em seu perfil no Twitter que havia sido paga a dívida de Maicosuel no valor de R$ 13 milhões. Na ocasião, o dirigente ressaltou a ajuda financeira dos parceiros: Rubens Menin e seu filho, Rafael (ambos da MRV), e Ricardo Guimarães (BMG). Ontem, em entrevista ao Fala Galo e outros blogs atleticanos no Youtube, Sette Câmara revelou que esse empréstimo já foi pago:

“Foi na base da camaradagem. Não dei garantia nenhuma (ao Menin). O camarada colocou o dinheiro aqui dentro e nós conseguimos pagar o Maicosuel. Eu tinha outro dinheiro para receber e um ou dois dias depois paguei o Rubens de volta. Esse dinheiro não devemos mais”.

O valor foi transferido para Udinese, da Itália, clube que negociou Maicosuel com o Atlético. O não pagamento do valor até o dia 27 de abril poderia provocar a perca de pontos do clube no Campeonato Brasileiro. O presidente ainda revelou detalhes do empréstimo.

“A gente tinha o dinheiro para pagar a dívida do Maicosuel. Era uma parcela restante (da venda) do Chará (ao Portland Timbers, dos Estados Unidos). Acontece que o valor que a gente tinha, vou colocar em dólar, era mais ou menos 1,8 milhão, algo assim. Dava R$ 10 milhões, mais ou menos. O Brasil, um país ímpar, além do problema de saúde e da economia, ainda veio o terceiro problema, que foi político. O dia do pagamento do Maicosuel foi exatamente o dia que o Moro saiu do governo (na verdade, o ex-ministro deixou o cargo na sexta-feira, dia 24, três dias antes). Vocês já viram como funciona o câmbio. (…) O Euro foi a 6,12 naquele dia. Tivemos uma diferença de quase 4 milhões (de reais no valor da dívida)”.

Sérgio Sette Câmara reforçou a paixão dos parceiros Rubens Menin e Ricardo Guimarães.

“Quem complementou esse dinheiro, efetivamente, foram Rubens Menin e o Ricardo. Então, não vou chamar isso de caridade. Eu acho que o camarada, por mais milionário que seja, não tem obrigação de botar a mão no bolso e colocar dinheiro aqui. A não ser que seja pela paixão. E foi por isso que eles fizeram isso. Ouço isso de outros presidentes (de clubes): “Você tem aí o Rubens e o Ricardo”. Eu falo: “Eles não ficam doando dinheiro pra gente, não”, mas eles têm certeza que eu trabalho pra viabilizar o pagamento, nunca pensando que a qualquer hora eu vou pedir o dinheiro, e eles vão dar. Não, não é assim. São sempre operações. Um mútuo, um patrocínio” completou.